Este mês de outubro, assim como todos os outros, uma vez que as bases nos acompanham por todo o caminho, estaremos a promover vivências de alegria e harmonia, através da estimulação do Inconsciente Vital.
Para o criador da Biodanza SRT – Rolando Toro, o Inconsciente Vital constitui-nos e é parte de um impulso, uma manifestação pró-vida inconsciente, que não temos como controlar voluntariamente. Serve os propósitos de conservação da nossa saúde e da nossa integridade e pode ser evocado pelas vivências integradoras de biodanza, manifestando-se através de sensações vitais, internas e cenestésicas. São estas sensações o referencial do nosso corpo: dor e prazer, expansão e contração, calor e frio, paladar, olfato, audição, tato, visão e a sua tradução sensorial através da pele e dos órgãos internos.
É através da cenestesia, das sensações que aprendemos a escutar o corpo, desenvolvendo uma linguagem, que depois poderá ser escutada e traduzida em comportamentos pró-vida e pró-saúde. Quando vivenciamos em Biodanza, experimentamos, provamos, conhecemos, dançamos e passamos a tomar mais contacto com o corpo através do movimento, do ritmo, da melodia, da alegria, do prazer, do vínculo, do sentido exploratório, do contacto, do olhar e todos os sentidos.
Quando passamos a dialogar com o corpo de forma directa, percebemos porque sentimos, as necessidades de regulação da energia para a ação e para o descanso, de vínculo e relação como fontes de nutrição e de dar limite ao que nos faz mal, como hábitos sedentários, má alimentação, falta de sono, relações tóxicas.
Durante as vivências, que são integradoras, tomamos contacto com o que nos alegra, dá prazer, faz bem. Podemos desde aí procurar no dia-a-dia, na vida, essas mesmas sensações através de uma profissão realizadora, um trabalho desde a vocação, uma expressão artística apaixonada, relações nutritivas e plenas e em tudo o que de bom a vida tem.
E sim, é possível viver desde aí! Desde um corpo que te fala sobre a tua saúde e o bem-estar, e que por essa razão, nega o corpo sacrificial, esforçado e esgotado dos nossos dias. A escassez e o sacrifício são uma invenção humana, que não tem ressonância na natureza que é abundante, profícua, exuberante e aberta para tudo e todos e não se sacrifica para obter o que deseja. À luz do Principio Biocêntrico que toma a vida como modelo, porque coloca a VIDA AO CENTRO além da cultura antropocêntrica em que vivemos, o corpo orienta-se para a abundância e para o prazer e, quando te fala, é isso que te diz: a vida é abundante, plena, cheia de prazeres que te geram entre outras coisas alegria e harmonia.
O corpo como caminho, com a Vida ao Centro…