Aconteceu na Escola de Biodanza SRT do Porto em 12 e 13 de novembro, Módulo de Sexualidade. Este módulo é o 15º, num total de 36. É parte integrante da formação de facilitadores de Biodanza e ainda estava aberto a novas inscrições, razão pela qual tivemos cerca de 30 novos participantes, que se juntaram aos 40 alunos já comprometidos.

Num tema que esbarra de frente, com tanto preconceito e julgamento, numa sociedade que só parece aberta. Foi de uma beleza indescritível observar e comprovar a disponibilidade de um grupo, que levou e elevou a vivência de prazer para outros níveis.  Aprender a viver pelo prazer, pelo gozo, ampliar a capacidade de desfrutar sem culpa, romper com os valores sacrificais, esforçados da cultura, levam o seu tempo e requerem… prática e continuidade.

Exactamente, por isso, no final do módulo, não uma, não duas, mas três pessoas (que estavam a repetir o módulo) me vieram dizer, que foi a primeira vez que conseguiram estar abertas, disponíveis, sem julgamento, crítica, repressão ou culpa interior. Esta atitude permitiu a todos experimentar e depois optar, por aquilo que melhor convinha e que desde aí poderia integrar na sua vida, no seu dia-a-dia.

Expresso em palavras, muitos outros demonstraram que se sentiram profundamente respeitados, escutados e que as pautas orientadoras para a experiência, permitiram uma vivência plena, sem culpa, sem repressão e profundamente aberta ao prazer e aos prazeres que a vida oferece.

Através do movimento, da música, da vivência integradora consigo mesmo, com o outro e com o grupo, conseguimos alcançar sensações, emoções, pulsões instintivas que nos ajudam a pensar e a sentir o mundo de forma integrada. É também assim que aprendemos como levar isso para o dia-a-dia, no trabalho, na família, no amor, consigo mesmo, em pequenos gestos, que se podem tornar imensos e que levam a um resignificar da forma como se vive.

Romper com uma cultura judaico-cristã assente no amor pelo sacrifico, para uma cultura assente no amor, pelo prazer e pela alegria, é possível!  Foi o que vivemos, este fim-de-semana e desejamos seguir vivendo nos próximos módulos de formação, na Escola, mas também nos grupos regulares, pois Viver é Prazer!

A Vida ao Centro (com muito prazer!)